sábado, 22 de agosto de 2009

Falando de Hayley Williams ..Paramore!!


Hayley Williams não passou sua adolescência perseguindo uma vaga na universidade. E sua fé cristã provavelmente impede ela de dizer a expressão ‘por Deus’ como um simples artigo indefinido. Mas a vocalista de cabelos flamejantes do Paramore é , sem dúvida , a Holden Caulfield do rock: Não há limite para Williams discutir com a hipocrisia em todas suas formas. Depois de construir um fiel grupo de fãs através de turnês com grupos como o Bayside e o Cute is What We Aim For, seu jovem quinteto de Nashville apareceu em uma escala maior com o disco Riot! ,de 2007, uma poderosa e inteligente bomba de críticas que rendeu ao Paramore uma nomeação ao Grammy de Artista Revelação, ao lado de Taylor Swift e Amy Winehouse. Em ‘Misery Business’ , o maior hit do disco , Williams descreveu uma rotina de conflito com uma garota popular e problemática. O que ganhou em troca? Discos de platina e uma legião internacional de fãs.

A cantora agora procura uma melhora maior no próximo disco da banda , Brand New Eyes , que em um momento de um claro cinismo de certas bandas (vejam Cobra Starship e 3OH!3), oferece uma lembrança de tempos mais sinceros. Em ”Turn It Off” , Williams diz que “está ficando mais difícil acreditar em qualquer coisa” e protesta contra “atalhos e falsas soluções”, enquanto a música ”Careful” fala aos habitantes da Era da Desinformação para “abrir seus olhos como abri os meus”. Em “Playing God” , ela mira nas pessoas que culpam as outras pelos seus erros (”Na próxima vez que me apontar o dedo, vou lhe apontar o espelho”, ela diz). E em ”Brick by Boring Brick” , o centro filosófico do disco , expressa a visão de mundo da vocalista com o mesmo nível de clareza que ela já fez em “For a Pessimist, I’m Pretty Optimisc” : “Se não é real , você não pode segurar com suas mãos” / Você não pode sentir isso com seu coração / E eu não vou acreditar nisso.” Soa como um protesto? Não é: Williams , sendo uma roqueira , canta como se tivesse passado seus 20 anos na Terra escutando discos antigos do Judas Priest. E se a poderosa balada ”All I Wanted” lembrar do título do último disco da Kelly Clarkson.. Bem , Williams deve ser a única vocalista do rock capaz de sobreviver a essa comparação. Seus colegas de banda também não deixam manter seu apoio , atacando com seu pop punk de enorme entusiasmo.

O Paramore gravou o disco em Los Angeles com o grande guru do rock Rob Cavallo (que já havia trabalhado com a banda no hit ”Decode”) , mas diferentemente do trabalho com bandas anteriores como My Chemical Romance e Fall Out Boy, o novo disco não revela um grande salto na ambição em estúdio. ”Playing God” tem algumas melodias no estilo new-wave, e ”The Only Exception” é surpreendentemente uma música acústica com alma, a là Coldplay. Ao invés disso , a melhora é no foco e na intensidade. Ano passado , correram rumores sobre a possível separação do grupo , e duas novas músicas aqui – ”Looking Up” e ”Where The Lines Overlap” – são as respostas a esses boatos. “Deus sabe que o mundo não precisa de outra banda / Mas que desperdício isso iria ser” , Williams adiciona à composição , antes de adicionar , “Não posso acreditar que nós quase acabamos com isso”. Na última , diante de um groove tipicamente rápido , ela admite , “Ninguém tem tanta sorte quanto nós”.

Dando força à pureza dos objetivos do Paramore , a sorte não deve ser vista como parte da equação.

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